Transporte Urbano
Na reunião realizada no dia 10/02, o C.A. apresentou uma proposta de 10 euros de aumento salarial mensal, “pelo reconhecimento do esforço dos trabalhadores”, ou seja, para o CA - Conselho de Administração, o empenho, dedicação e sentido de responsabilidade dos trabalhadores vale apenas 33 cêntimos por dia.
Decorreu na passada 2ª feira, mais uma reunião de negociações do AE da Carris, que demorou muito e se avançou pouco, onde o CA persistiu em “empurrar com a barriga” o processo de negociação, evitando a discussão de questões centrais relacionadas com as matérias de expressão pecuniária.
Através de uma comunicação com a data de hoje (1 de Fevereiro) a administração dos Transportes Urbanos de Vila Real, informa os trabalhadores que no período “de 02 de fevereiro a 28 de fevereiro de 2021, irá proceder à redução do Período Normal de Trabalho de 33% previsto na referida lei”.
Face a uma notícia do Jornal “O Público”, as organizações de tralhadores do ML – Metropolitano de Lisboa, emitirram o seguinte esclarecimento:
Realizou-se no dia 26/01/2021, uma reunião entre o C.A. e as ORT’s da Carris, no âmbito da discussão sobre as medidas de protecção a adoptar perante a epidemia em curso.
Ontem realizou-se uma reunião com a Administração do ML – Metropolitano de Lisboa, que supostamente seria de discussão da proposta de revisão do AE – Acordo de Empresa, mas que terminou sem haver negociação.
Sendo importante a abordagem de todas as questões, para a FECTRANS/STRUP não é admissível que o aumento dos salários seja remetido para “debaixo do tapete”. Acresce que se o CA - Conselho de Administração está tão preocupado em poupar com quem produz e dignifica a imagem da Carris, porque razão recorreu “à arvore das patacas” e contratou uma empresa privada para fazer a fiscalização, quando os trabalhadores da Carris o podiam fazer melhor e mais barato?
O agravamento da situação pandémica que levou, inclusivé, ao encerramento das escolas, justifica e exige o reforço da proteção da saúde dos trabalhadores e das suas famílias.
Na 1ª reunião de negociações do AE, o C.A. começou mal ao transmitir que “não existe margem para aumentos salariais em 2021”.
O STRUP/FECTRANS solicitou no dia 10 do corrente mês, uma reunião ao CA - Conselho de Administração do ML - Metropolitano de Lisboa, para se poder conhecer o plano de contingência, que no seu entender a empresa já devia ter preparado, para proteção dos seus trabalhadores, tendo em conta o estado de emergência já anunciado, bem como o potencial aumento de contágios que esta vaga tem mostrado.
Terminámos o ano de 2020 com o compromisso de que em 2021 tudo faríamos, para que fossem cumpridos os prazos na revisão parcial do AE, o reconhecimento de algumas categorias profissionais há muito esquecidas, a reclassificação de alguns trabalhadores, o acompanhamento da evolução da melhoria das condições de trabalho disponibilizando-nos para colaborar com a CT, a quem compete esta vertente.